Outubro Rosa, um depoimento

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O “Outubro Rosa” é um movimento popular que alcançou o mundo inteiro. O laço rosa simboliza mundialmente a luta contra o câncer de mama e tem como objetivo estimular as pessoas e empresas a se engajarem nas campanhas de prevenção. O câncer de mama é o segundo tumor mais frequente no mundo e afeta milhares de mulheres só no Brasil, portanto é uma doença que não pode ser ignorada.

O blog “Lar, Doce Lar” também está engajado nessa campanha, e se pudermos estimular pelo menos uma de nossas leitoras e praticar o autoexame, já teremos atingido nosso objetivo. Para procurar atingi-lo, vamos nos valer do texto enviado por uma de nossas leitoras.


“É outubro! Mês da fita cor de rosa! Essa campanha, de conscientização da necessidade da prevenção do câncer de mama, lançada em 1990, tem, ao longo do tempo, alertado as mulheres para a necessidade de exames periódicos das mamas. É fundamental para o diagnóstico precoce do câncer de mama, tão comum e perigoso por ser silencioso.

O medo de enfrentar um diagnóstico positivo de câncer de mama nos faz acreditar que somos imunes a tal doença. Evitamos até pronunciar o nome. É uma crença que nós mulheres temos. Faz parte de nosso mecanismo de defesa. Acreditamos que esse mal, que lamentavelmente já atingiu amigas e conhecidas, não chegará em nós e que nossa mama sempre será sadia. Eis o grande erro que cometemos por medo. O correto é afastarmos os medos e buscarmos as informações necessárias para combater o câncer de mama.

Não há como evitá-lo. Pode ocorrer em qualquer idade, mas é possível o diagnóstico inicial. Os cuidados começam com o autoexame das mamas que deve ser feito uma vez por mês. Habitue-se a fazê-lo durante o banho.

Primeiro, após despir-se, na frente de um espelho, primeiro com os braços caídos; depois, com as mãos na nuca; e, finalmente, com as mãos pressionando a cintura. Preste muita atenção no tamanho, cor da pele, saliências, rugosidades ou diferença de tamanho que não estavam presentes no exame anterior. Durante o banho, com o corpo molhado e mãos ensaboadas, leve a mão esquerda a nuca e com os dedos da mão direita apalpe toda sua mama esquerda com movimentos circulares, lentamente, de maneira a atingir toda a região. Faça o mesmo na mama direita. Agindo assim, rotineiramente, você certamente vai perceber qualquer mudança que ocorra em suas mamas. Caso perceba alguma diferença, não perca tempo. Marque imediatamente uma consulta com seu médico para que ele a encaminhe ao especialista ou vá direto ao Mastologista. Não minimize qualquer sintoma. Busque os serviços de atendimento particular, plano de saúde, SUS, o que estiver ao seu alcance. Peça auxílio aos parentes, amigos – sobretudo, busque auxílio, e diga SIM à vida!

Minha insistência sobre esse tema se deve ao fato de que eu me descuidei e, quando percebi caroços em minha mama direita, nem comentei com minha filha que é médica ginecologista. Pensava que aos 72 anos já estava livre deste mal. Na volta ao lar, fui ao meu ginecologista, que me acompanhava há trinta anos, e que nada notou ao exame físico, mas solicitou uma mamografia. Fui tranquila, tendo a certeza de que seria apenas mais um exame de rotina.

Não foi! Enquanto olhava as imagens, a médica me aconselhou a fazer uma biópsia. A sua firmeza não deixou lugar a dúvidas! Eu estava com câncer! Logo eu, que tinha tanto pavor dessa doença! Por que eu? O que eu tinha feito de errado? Naquele momento fiquei meio paralisada. Sem respostas. Até pensar ficou difícil. Esse resultado exigia aceitação e coragem. Senti vontade de chorar, e chorei ao caminhar voltando pra casa, quando decidi seguir a orientação médica. Tive minha família perto de mim, me apoiando e acompanhando. Foi fundamental! Ganhei confiança! Força! Perdi o medo! Não tente enfrentar sozinha esta fase difícil. Passei por uma mastectomia da mama direita, porque eram vários nódulos , mas uma cirurgia de reconstrução me devolveu a mama. Continuo com acompanhamento oncológico e por alguns anos, farei uso de uma medicação, para evitar a formação de novos nódulos. Não precisei de outros tratamentos por ter sido um diagnóstico inicial.

Existem muitas leis que favorecem os acometidos pelo câncer. Procure conhecê-las e faça uso. Muitas vezes é preciso correr atrás, mas lute por seus direitos. Lembre-se que a pior batalha é a do combate à doença. Se passamos por essa, nada será capaz de nos deter. Jamais desista ou desanime!

Tomara que eu tenha te ajudado!

Rosele Miriam Greca”


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Um comentário em “Outubro Rosa, um depoimento

  1. Cristina disse:

    Lindo depoimento, tia Rosele. O importante é não se deixar abater. Ter coragem e fé e buscar o tratamento. Tudo tem cura aos olhos do pai. Te cuida. Te amamos. Bjs.

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