Jardinagem como terapia

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Jardinagem como terapia - capa

Usar a jardinagem como terapia é uma atividade que vem ganhando cada vez mais adeptos em todo mundo. Assim, onde houver um pequeno espaço é possível encontrar plantas sendo cuidadas.

Está comprovado que a jardinagem é uma atividade terapêutica que pode trazer inúmeros benefícios para a saúde mental e física das pessoas.

Desde a antiguidade, as pessoas usam a jardinagem como forma de terapia para ajudar a tratar diversos transtornos mentais, como a depressão, a ansiedade e o estresse. Portanto, saiba mais sobre esse hobby.

Os amantes da jardinagem costumam dizer que ela é uma terapia, e essa afirmação pode ser mais verdadeira do que imaginamos. A jardinagem melhora a saúde física e produz beleza e alimentos nutritivos, mas seus benefícios terapêuticos vão além disso.

De relaxamento e alívio do estresse a programas formais dirigidos por terapeutas, o bem-estar mental e emocional recebe impulsos bem-vindos.

Usando a jardinagem como terapia

A jardinagem é uma atividade que envolve a manipulação da terra, plantas e flores, além de outras tarefas como cavar, regar, adubar e podar.

Essas atividades têm o poder de ajudar a melhorar a concentração, aumentar a sensação de bem-estar, diminuir o estresse e a ansiedade, e até mesmo melhorar a autoestima.

Nos textos “Você sabia que a jardinagem faz bem para a saúde?” e “A jardinagem e a saúde física e mental”, que publicamos aqui no blog já abordamos esse assunto. No entanto nesse texto vamos explorar melhor porque usar a jardinagem como terapia é benéfico.

Um dos principais benefícios da jardinagem é proporcionar o contato com a natureza. Estudos têm mostrado que passar tempo ao ar livre e ter contato com a natureza pode reduzir os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, no organismo.

Além disso, a jardinagem pode ajudar a melhorar o humor, aumentar a criatividade e a sensação de satisfação pessoal.

Jardinagem como exercício físico

Outro benefício da jardinagem é o exercício físico. Muitas atividades relacionadas à jardinagem, como cavar, plantar e podar, são exercícios que exigem esforço físico. Essas atividades podem ajudar a melhorar a saúde cardiovascular, aumentar a força muscular e melhorar a flexibilidade.

A jardinagem também pode ajudar a melhorar a dieta alimentar. Quando plantamos nossas próprias frutas, legumes e verduras, podemos ter acesso a alimentos frescos e saudáveis, além de evitar o consumo de alimentos processados e industrializados.

Além disso, cuidar de um jardim pode ajudar a melhorar a consciência alimentar, tornando-nos mais conscientes do que comemos e como isso afeta nossa saúde.

A jardinagem também pode ajudar a melhorar a saúde mental. Estudos têm mostrado que a jardinagem pode ajudar a reduzir os níveis de ansiedade e depressão. Isso ocorre porque a jardinagem pode ajudar a aumentar a sensação de controle e autonomia sobre a vida, além de fornecer um senso de propósito e significado.

A jardinagem como convívio social

Jardinagem como terapia - plantio em grupo

A jardinagem pode ser uma atividade solitária ou em grupo, dependendo da preferência de cada um. Se você prefere ficar sozinho, então pode optar por cuidar do seu jardim sozinho.

Mas se preferir a companhia de outras pessoas, pode participar de grupos de jardinagem ou clubes locais de jardim. Essa interação social pode ajudar a melhorar a autoestima, a confiança e a sensação de pertencimento a uma comunidade.

Outro benefício da jardinagem é que ela pode ajudar a melhorar a saúde cognitiva. Ela pode ajudar a melhorar a memória, a atenção e a capacidade de resolução de problemas. Isso ocorre porque a jardinagem exige o uso da memória para lembrar quais plantas foram plantadas onde e quando, além de exigir a capacidade de resolução de problemas para resolver problemas de drenagem, solos inférteis e doenças de plantas.

Por fim, a jardinagem pode funcionar como terapia para pessoas de todas as idades e habilidades. Isso porque ela pode ser adaptada para as condições físicas e mantais de cada pessoa.

Como a jardinagem se tornou uma atividade terapêutica nos EUA

A jardinagem tem uma história rica nos EUA, e seus benefícios terapêuticos fazem parte disso. No final dos anos 1700, o Dr. Benjamin Rush, um proeminente médico e signatário da Declaração de Independência, documentou que a atividade em jardins era fator significativo na recuperação de pacientes com doenças mentais. Como resultado desse estudo, surgiu o interesse por paisagens terapêuticas e a jardinagem como reabilitação dessas doenças.

Quase 200 anos depois, o primeiro currículo de terapia de horticultura dos EUA foi criado em 1972 como parte do programa de saúde mental da Kansas State University.

Desde então, a horticultura terapêutica e os jardins curativos surgiram no país em ambientes tão diversos quanto hospitais, pátios de escolas e prisões. Orientados para os sentidos, dominados por plantas e repletos de fragrâncias, cores e texturas, esses jardins podem ser destinados ao prazer passivo ou ao trabalho ativo.

De qualquer forma, os frequentadores desfrutam de benefícios terapêuticos que incluem redução do estresse e ansiedade e aumento da esperança e felicidade.

Natureza curativa dos jardins

Está comprovado que interagir com a natureza, mesmo o simples ato de observar árvores ou visitar jardins pode ter resultados terapêuticos significativos.

Pacientes hospitalares pós-cirúrgicos que enxergaram árvores pelas janelas do hospital se recuperaram mais rapidamente do que pacientes na mesma situação que só viram paredes. Não apenas as internações hospitalares foram encurtadas, mas os pacientes com visualização de árvores tiveram menos complicações, tomaram menos analgésicos e ficaram mais felizes durante o período de internação.

Segundo outro estudo, apenas enxergar um jardim de uma varanda mostrou melhorar o humor em participantes idosos deprimidos e não deprimidos. No entanto, visitar o jardim e caminhar ou sentar nele foi ainda mais benéfico. Os participantes sentiram-se menos deprimidos e relataram melhorias no humor, qualidade do sono e concentração, bem como maior paz de espírito e esperança.

Essa pesquisa também demonstrou que o tempo em jardins pode aliviar os sintomas da doença de Alzheimer e da demência, incluindo agressividade e agitação, assim como reduzir o uso de medicamentos.

Resultados benéficos do cuidado com as plantas

Jardinagem como terapia - idosa colhendo

Assim como os jardins ao ar livre, interagir com plantas verdes em espaços internos pode animar espírito e a sensação de bem-estar. Isso porque os benefícios de cuidar de uma planta viva, mesmo uma única planta de casa, superam esse simples cuidado.

Estudos mostram que cuidar de uma planta tem um valor particular para pessoas que enfrentam circunstâncias pessoais desafiadoras além de seu controle que afetam negativamente a saúde física e emocional.

Em um estudo, idosos assistidos receberam quatro semanas de aulas sobre cuidados com plantas de interior e, em seguida, assumiram a responsabilidade de uma planta. Em comparação com os idosos não jardineiros, os jardineiros internos tiveram auto avaliações significativamente mais altas de saúde, felicidade e qualidade de vida.

Os pesquisadores também observou que os jardineiros exigiam menos cuidados da equipe de suporte, eram mais alertas e sociais e assumiam maior responsabilidade por suas ações e escolhas.

A jardinagem interna também demonstrou reduzir a agitação e melhorar o sono e a consciência em pacientes com demência. Sentir-se necessário e controlar o bem-estar da planta também melhora o bem-estar do cuidador.

A jardinagem e o humor

Ao avaliar os benefícios da jardinagem, os jardineiros geralmente observam reduções no estresse, tensão e ansiedade. No entanto, uma pesquisa provou que isso é mais do que um simples sentimento.

Nesse estudo os participantes concluíram uma tarefa psicologicamente estressante e, em seguida, mediram o cortisol, um hormônio que o corpo produz em resposta ao estresse. Depois disso, um grupo praticou jardinagem ou leitura. Enquanto ambos os grupos apresentaram níveis mais baixos de cortisol após essas atividades, o grupo de jardinagem foi significativamente menor, indicando maior alívio físico do estresse agudo. Eles também relataram maior melhora em seus humores.

Com base em pesquisas, as hortas comunitárias são uma grande aposta como extensões eficazes de terapia para pessoas que sofrem de transtorno de estresse pós-traumático e dependência de drogas ou álcool, e até mesmo para crianças e adultos que enfrentam o estresse típico da vida urbana moderna.

Trabalhar em conjunto, cuidar de jardins e cultivar alimentos produz benefícios notáveis. Isso inclui melhorias na autoestima, trabalho em equipe, interação social, planejamento, resolução de problemas e habilidades de enfrentamento, bem como uma paixão pela jardinagem e pela comunidade que pode continuar por toda a vida.

Jardinagem como terapia - mulher plantando


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