Inteligência Emocional: o que é e como desenvolvê-la

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Inteligência Emocional - capa

Em síntese, a inteligência emocional é a capacidade que uma pessoa tem de compreender e gerenciar as próprias emoções, assim como compreender e influenciar as emoções das outras pessoas.

Ela é o resultado de uma combinação de traços de personalidade pessoais.

Níveis mais altos de inteligência emocional são associados a inúmeros benefícios tanto para a pessoa como para quem a cerca.

O que é inteligência emocional?

Inteligência emocional é um conjunto de competências que possibilitam uma pessoa a lidar com as emoções. Ou seja, sua capacidade de perceber, processar, compreender e saber como gerenciá-las.

Ela engloba várias habilidades, como por exemplo, a consciência emocional, a regulação emocional, a empatia e as habilidades sociais.

Pessoas com inteligência emocional alta são frequentemente capazes de lidar com o estresse de forma eficaz, resolver conflitos com maturidade e manter relacionamentos interpessoais saudáveis.

Há especialistas que a consideram mais importante que o QI (Quociente de Inteligência) em função da sua eficiência para determinar o equilíbrio de uma pessoa. Portanto, atualmente muitas empresas a consideram ao fazerem contratações.

O termo “inteligência emocional” foi usado pela primeira vez em documentos científicos no ano de 1966, em um artigo do psicólogo americano Hanskare Leuner.

No entanto, sua exploração só foi aprofundada em 1989 pelo psiquiatra infantil Stanley Greenspan e, posteriormente, em 1990, pelos psicólogos Peter Salovey e John Mayer.

Por fim, no ano de 1995, Daniel Goleman, psicólogo, escritor e PhD da Universidade de Harvard, foi o responsável por popularizá-la em larga escala através do livro “Inteligência Emocional”, no qual ele traz à tona o embate entre o QE e o QI (Quociente de Inteligência).

Definição da inteligência emocional feita por especialistas

Os psicólogos Salovey e Mayer definiram a inteligência emocional como “a capacidade de perceber e exprimir a emoção, assimilá-la ao pensamento, compreender e raciocinar com ela, e saber regulá-la em si próprio e nos outros”.

Para eles, ela está associada à quatro domínios básicos:

  • Percepção das emoções;
  • Raciocínio por meio das emoções;
  • Entendimento das emoções;
  • Gerenciamento das emoções.
O que compõe a Inteligência Emocional?

Autoconsciência. Conhecer e compreender as próprias emoções é o primeiro passo para usar a inteligência emocional. Isso implica em reconhecer os próprios pontos fortes e limitações, bem como compreender como as emoções afetam o comportamento.

Autorregulação. A capacidade de controlar as próprias emoções e reações em diferentes situações é essencial para o equilíbrio emocional. Isso envolve lidar com o estresse, a ansiedade, assim como outros desafios emocionais com maturidade e resiliência.

Empatia. A empatia é a capacidade de compreender e compartilhar os sentimentos e perspectivas das outras pessoas. Ela tem um papel fundamental no estabelecimento de relacionamentos saudáveis e na construção de uma comunicação eficaz.

Habilidades Sociais. Ter habilidades sociais sólidas implica em ser capaz de gerenciar relacionamentos de maneira eficaz, comunicar-se de forma clara e resolver conflitos de maneira construtiva. Isso é essencial tanto na vida pessoal quanto na profissional.

Inteligência Emocional - Liderança

Qual a importância da Inteligência Emocional?

Para muitos especialistas, a inteligência emocional é fundamental para uma pessoa ter sucesso em várias áreas da sua vida.

Por exemplo, no trabalho ela é frequentemente associada a líderes eficazes. Isso porque sua capacidade de compreender as emoções das outras pessoas e gerenciar conflitos pode promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo.

Além disso, ela desempenha um papel vital na saúde mental e no bem-estar geral, ajudando as pessoas a lidar com o estresse e a ansiedade de forma mais eficaz.

Qual a relação entre autoconhecimento e inteligência emocional?

Para a entender a relação entre autoconhecimento e inteligência emocional é essencial entender os pilares da segunda, que são: perceber as emoções (as própria e as das outras pessoas); raciocinar e agir a partir do que dizem as emoções; entender o que as emoções significam, e, por fim, gerenciá-las.

Pessoas com inteligência emocional elevada podem identificar como se sentem, o que esses sentimentos significam e como suas emoções afetam o seu comportamento e o de outras pessoas.

No entanto, é um pouco mais difícil administrar as emoções de outras pessoas. Não podemos controlar como alguém se sente ou se comporta, mas se conseguirmos identificar as emoções por trás do comportamento delas, teremos uma melhor compreensão de onde elas vêm e como interagir melhor com elas.

Sendo assim, ter um bom nível de autoconhecimento ajuda a interpretar as próprias emoções, entender o que elas significam, fazer conexões com outros traços da personalidade, e, então, lidar da melhor forma com elas.

Como desenvolver a Inteligência Emocional?

Você pode desenvolver aprimorar sua inteligência emocional ao longo do tempo.

Isso pode ser feito através de práticas como a autorreflexão, a avaliação dos resultados, o desenvolvimento da empatia e a prática da regulação emocional.

A educação emocional nas escolas e a conscientização no trabalho também podem desempenhar um papel fundamental no fortalecimento da inteligência emocional em diferentes faixas etárias e ambientes.

Então, para começar a se conhecer melhor e desenvolver mais ainda sua inteligência emocional, pratique a auto-observação frequente em relação às suas emoções. Saiba como identificar em você as emoções e como elas se manifestam no seu dia a dia.

Os principais aprendizados oriundos do esforço de se autoconhecer só são absorvidos quando uma pessoa aceita sentir e falar sobre dor, vergonha, medo. Ou seja, as emoções negativas de forma geral, que é quando estamos mais vulneráveis.

Isso porque é muito mais fácil se identificar com pessoas que assumem seus erros, falam de seus momentos tristes e manifestam suas emoções. Ao contrário, é muito mais difícil conectar-se com pessoas que não transparecem nenhuma emoção ou fracasso.

Ter empatia é a capacidade de enxergar as situações pela perspectiva dos outros, um dos principais componentes da inteligência emocional.

Em resumo, ela engloba empatia, que se manifesta a partir da vulnerabilidade das outras pessoas. A vulnerabilidade, por sua vez, depende de um processo de autoconhecimento.

empatia

Conclusão

Em um mundo complexo e dinâmico, a inteligência emocional é uma habilidade valiosa que pode impulsionar o sucesso pessoal e profissional, promover relacionamentos saudáveis e melhorar o bem-estar mental.

Os principais pontos a observar para desenvolvê-la são: observar suas própria reações; aprender a lidar com as emoções negativas; controlar a ansiedade; desacelerar a rapidez na tomada de decisões; não reagir em todas as situações; ter empatia; saber até onde você consegue chegar.

Sua compreensão e desenvolvimento são passos essenciais para construir uma vida equilibrada e gratificante.

Sendo assim, ao investir no desenvolvimento da inteligência emocional, podemos construir uma sociedade mais empática e solidária, onde as pessoas possam se relacionar de forma mais significativa e tomar decisões com mais consciência.


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