A empatia e a compaixão resultam do mesmo desejo, relacionar-se e compreender melhor as experiências das outras pessoas.
Ambos são sentimentos benéficos para as pessoas que os tem, mas há uma diferença sutil entre empatia e compaixão.
Também há uma diferença fundamental entre o que significa ser uma pessoa empática e uma pessoa compassiva.
Diferença básica entre compaixão e empatia
Resumidamente, a compaixão envolve um elemento-chave que falta tanto à simpatia como à empatia, a ação.
Ter compaixão significa agir através de medidas práticas de modo a aliviar o sofrimento de uma pessoa. Ou seja, você é proativo e não espera que a pessoa peça ajuda ou apoio.
Você pode se sentir chamado a ajudar outras pessoas, ciente de que pode fazer a diferença na vida delas.
Uma pessoa que recebe sua ajuda compassiva pode passar a se sentir compreendida e valorizada. Essa pessoa também podem perceber que você está fazendo um esforço para ajudá-la. Além disso, você permanece emocionalmente distante o suficiente para ficar calmo e confiante ao oferecer ajuda.
Então, vamos explorar mais profundamente essa diferença?
Conceitos de compaixão e empatia
Compaixão e empatia não são conceitos vagos, são conceitos bem definidos que estão no centro do mundo em que vivemos.
O mesmo ocorre com a diferença entre os dois, o que pode ser surpreendente é o quanto essa diferença é significativa.
Segundo um estudo, cerca de 20% das empresas norte-americanas oferecem agora formação em empatia aos seus gestores e líderes. De acordo com o mesmo estudo, as melhores competências para uma liderança bem-sucedida eram ouvir e responder.
Mas, só empatia é suficiente?
Empatia é a palavra da moda, não é mesmo? Todo mundo diz que é preciso ter empatia. Mas talvez só ter empatia não seja suficiente se ela não se transformar em compaixão.
À medida que a compaixão e a empatia são tidas como respostas aos desafios da vida moderna, suas definições tornam-se confusas.
Você pode se perguntar: o que é compaixão? Qual é a definição de compaixão? E como a compaixão é diferente da empatia? Muitas pessoas usam essas palavras como sinônimos e de forma intercambiável, mas isso não está certo.
Compreender essa diferença e escolher deliberadamente a abordagem é fundamental. Fazer isso determina se você e as outras pessoas sentirão emoções positivas.
Pesquisas mais recentes mostram que focar na compaixão e na saúde mental leva a uma vida emocionalmente sustentável. Assim como também leva a uma maior autoconsciência.
Explicando detalhadamente a diferença entre compaixão e empatia
Vamos explorar exatamente o que é compaixão com uma definição clara, bem como as diferenças entre compaixão e empatia. Também abordaremos a questão de por que é importante praticar a compaixão e a empatia em sua própria vida.
O que é compaixão?
Compaixão é quando você se identifica com a situação de uma pessoa (isso pode valer também para animais) e deseja ajudá-la. Ou seja, você vê alguém com problemas e sente vontade de ajudar.
Por exemplo, você pode ajudar alguém a recolher suas compras se ela deixar cair no chão. Pequenos atos que você escolhe no seu dia ajudam a equilibrar as emoções negativas.
Ter compaixão também é diferente do conceito básico de “ser bondoso” porque a palavra compaixão implica que você se vê no lugar do outro.
É possível ser gentil por razões práticas, mesmo sem qualquer empatia real pelo sofrimento do outro. Mas na maioria das vezes há uma sobreposição.
A compaixão é a bondade enraizada na apreciação de outros seres que também sofrem.
No entanto, não precisa parecer muito, você não precisa vender todos os seus bens e se tornar um assistente social.
A compaixão assume muitas formas. Por exemplo, ceder um lugar para uma mulher grávida, ser educado com quem lhe presta serviço, ajudar alguém em uma mudança, reservar um segundo para ouvir uma pessoa em dificuldades.
Retribuir com ações positivas ao longo do dia pode fazer de tudo, desde trazer um sorriso ao rosto de alguém até prevenir o esgotamento, até mesmo o seu.
Um ato de compaixão pode ser quase qualquer coisa, desde que a motivação esteja no lugar certo. Seu objetivo final deve ser prevenir o sofrimento dos outros.
Ainda assim, está confuso sobre como isso difere da empatia? Então vamos dar uma olhada mais profunda na compaixão versus empatia.
Compaixão versus empatia: qual a diferença?
Considerando as definições abaixo de cada uma, a compaixão e empatia são fundamentalmente diferentes, mas estão intimamente relacionadas.
Definição de empatia: empatia é o nosso sentimento de consciência das emoções das outras pessoas e uma tentativa de compreender como elas se sentem.
Definição de compaixão: compaixão é uma resposta emocional à empatia ou simpatia e cria um desejo de ajudar.
Empatia é uma compreensão de nossa humanidade compartilhada. É a capacidade de se ver no lugar de outra pessoa. A compaixão acrescenta outra dimensão ao desejo de ajudar.
O que é empatia?
Empatia é a consciência das emoções de outras pessoas e a capacidade de compreender seus sentimentos e emoções.
A empatia está profundamente enraizada em nossa mente, é instintiva. É o que os psicólogos costumam chamar de empatia cognitiva.
Existem muitos motivos para praticar a empatia, é bom para nossa saúde pessoal e para nossas relações com as outras pessoas.
Empatia pode ser um problema?
Mas a empatia traz problemas com ela, é o que os psicólogos chamam de empatia emocional. Esse é o nosso desejo não apenas de compreender as outras pessoas, mas também de sentir sua dor.
Segundo pesquisas recentes em neurociência e psicologia, a empatia nos torna tendenciosos, tribais, e muitas vezes cruéis.
Estudos sugerem que a empatia, embora bem-intencionada, não é neutra. É até sugerido que às vezes ela pode prejudicar mais do que ajudar nossos relacionamentos.
A empatia pode nos tornar inconscientemente mais solidários com as pessoas com quem nos relacionamos mais. Isso nos torna menos propensos a nos conectar com pessoas cujas experiências não refletem as nossas.
Isso acontece porque a empatia vem de um sentimento de mesmice. Ser humano é um bom ponto de partida. Mas a partir daí, é impossível evitar preconceitos.
Por exemplo, um desastre natural que afasta pessoas do seu país de origem nos atinge muito mais se for perto perto de nossa casa. Parece mais relevante, mesmo que todos os afetados sejam completamente estranhos.
Objetivamente, a angústia ou o sofrimento são os mesmos, mas o relacionamento muda a sua resposta emocional.
Além disso, a empatia é inviável a longo prazo. Quando estamos exaustos e esgotados, somos inevitavelmente menos capazes de dar aos outros que mais precisam de nós.
Por que a compaixão é superior?
Então, o que torna a compaixão diferente? Ao contrário da empatia, a compaixão cria distância emocional do indivíduo e da situação. Compaixão é a capacidade de reconhecer o sofrimento de alguém e o desejo de querer ajudá-lo.
Ao praticar a compaixão, podemos nos tornar mais resilientes e melhorar nosso bem-estar geral. Quem tem compaixão torna o mundo um lugar melhor.
Um estudo da Emory University mostrou resultados promissores sobre compaixão. Estudantes de medicina com ambientes de trabalho estressantes e desafiadores beneficiaram-se enormemente do treinamento em compaixão.
Na prática, isso ajuda os futuros médicos a “manterem compaixão pelos seus pacientes, ao mesmo tempo que mantêm o seu bem-estar pessoal”. Também ajuda a limitar seus níveis de estresse não se envolvendo emocionalmente.
A compaixão cria distância emocional da pessoa e da situação que ela enfrenta.
Por que a compaixão é importante
É fato que nem todos os instintos humanos estão enraizados na boa vontade e na compaixão. Muitas vezes deixamos que as emoções das outras pessoas nos afetem, ou até mesmo as julgamos mal com base em nossos próprios preconceitos.
Temos como superar isso, mas nem sempre é fácil em função dos preconceitos. A resposta natural que muitas pessoas têm quando discordam de alguém é ficar com raiva e ficar na defensiva. Muitas vezes espelhamos cegamente as emoções dos outros ou assumimos que estejam com más intenções. Sendo assim, nossos preconceitos surgem, mesmo quando somos empáticos.
No entanto, com uma atitude compassiva é possível desligar-se das suas emoções e pensamentos. Em vez de reagir no piloto automático, pode ir além do sentimento e administrar uma ação apropriada.
Em certo sentido, a verdadeira compaixão consiste em ir além da emoção ou da racionalização e ser gentil de qualquer maneira. Não é fácil, mas é isso que o torna especialmente poderoso.
Por fim, a compaixão é contagiosa, se você for um propagador da compaixão, acaba por influenciar as outras pessoas a também fazerem isso.
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