Brasileiros têm altos níveis de ansiedade

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níveis de ansiedade

Os níveis de ansiedade no Brasil são altos, grande parte da população brasileira sofre de algum nível de ansiedade.

Esse é um alerta que deve ser considerado sobre a saúde mental no Brasil, isso porque esse número transforma o país em um dos mais ansiosos do mundo. Há afirmações de que seja o mais ansioso, mas isso é difícil de medir com precisão.

Nesse artigo vamos analisar os fatores que contribuem para os altos níveis de ansiedade no Brasil, examinando suas causas, impactos, assim como possíveis estratégias de enfrentamento.

Análise sobre os níveis de ansiedade no Brasil

Pelo volume de pessoas ansiosas no Brasil, é preciso que sejam encontradas estratégias de enfrentamento, tanto por parte dos governos como por parte da sociedade civil.

A ansiedade é um fenômeno muito comum e que afeta a saúde mental de milhões de pessoas em todo o mundo. Entretanto, no Brasil, os níveis de ansiedade têm sido uma preocupação crescente, especialmente em razão das situações socioeconômicas turbulentas e os desafios de saúde pública.

De acordo com pesquisas recentes, o Brasil está entre os países com uma das maiores taxas de transtornos de ansiedade em todo o mundo.

Essas pesquisas demonstraram também que há uma prevalência significativamente alta entre os jovens e as mulheres.

Além disso, a pandemia de COVID-19 exerceu uma pressão adicional, exacerbando os níveis de ansiedade devido ao isolamento social, preocupações com a saúde e incertezas econômicas.

Nos dois anos mais críticos da pandemia (2020 e 2021), o INSS registrou mais de 530 mil afastamentos do trabalho por problemas de saúde mental.

Fatores que contribuem para os altos níveis de ansiedade

São vários os fatores que contribuem para altos níveis de ansiedade no Brasil. No entanto, os mais significativos são a instabilidade econômica, a violência urbana, as desigualdades sociais, a precariedade no sistema de saúde mental e a falta de acesso a tratamentos adequados.

Além disso, a dependência crescente da tecnologia e o impacto causado pelas mídias sociais na autopercepção e na pressão social têm desempenhado um papel importante na elevação dos níveis de ansiedade.

Neste contexto, é essencial explorar como o cenário da sociedade atual considera a ansiedade e suas implicações para o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas.

Impactos da ansiedade na saúde e no bem-estar

Altos níveis de ansiedade têm efeitos devastadores na saúde física e mental das pessoas.

A ansiedade crônica está associada a distúrbios do sono, problemas digestivos, comprometimento do sistema imunológico e aumento do risco de doenças cardiovasculares.

Além disso, ela pode levar a distúrbios psicológicos mais graves. Como, por exemplo, depressão e síndrome do pânico, prejudicando significativamente a qualidade de vida e o relacionamento social.

A ansiedade é uma resposta do nosso organismo a situações de estresse ou perigo. É uma emoção que envolve sentimentos de preocupação, medo e apreensão em relação ao futuro.

Ela pode se manifestar de várias maneiras e ainda pode apresentar tanto sintomas físicos como emocionais. Alguns dos sintomas mais comuns que podem sugerir ansiedade são:

  • Preocupação excessiva;
  • Pensamentos intrusivos (difíceis de afastar da mente);
  • Inquietação e agitação;
  • Tensão muscular;
  • Irritabilidade;
  • Dificuldade de concentração;
  • Insônia ou distúrbios do sono;
  • Batimentos cardíacos acelerados;
  • Respiração rápida ou ofegante.
  • Tremores no corpo;
  • Sensação de aperto no peito;
  • Problemas gastrointestinais.

mulher ansiosa

Estratégias de enfrentamento e intervenção

Para lidar com os desafios associados aos níveis de ansiedade no Brasil, é essencial implementar estratégias de intervenção abrangentes.

Isso inclui investimentos em serviços de saúde mental, promoção de programas de conscientização pública sobre saúde mental e a redução do estigma associado aos transtornos mentais.

Além disso, a implementação de medidas que abordem as disparidades socioeconômicas e o fortalecimento de redes de apoio comunitário são fundamentais para mitigar os fatores que contribuem para a ansiedade.

Como tratar a ansiedade do ponto de vista das pessoas afetadas

Enfrentar a ansiedade engloba uma abordagem ampla, que pode conter mudanças no estilo de vida, alimentação, atividades físicas, acompanhamento profissional e, em muitos casos, medicamentos.

Essas mudanças geralmente contemplam:

  • Criação de hábitos saudáveis;
  • Manter uma rotina regular de sono;
  • Praticar técnicas de relaxamento, como meditação e mindfulness;
  • Adotar uma dieta equilibrada;
  • Reduzir o consumo de cafeína, álcool e tabaco.

Além disso, a prática regular de exercícios físicos pode ajudar a aliviar a ansiedade, isso porque o exercício libera endorfinas, que são neurotransmissores que promovem os sentimentos de bem-estar.

Buscar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um psicólogo ou terapeuta é imprescindível. Isso ajuda a identificar e modificar padrões de pensamento ruins, assim como comportamentos anormais.

Em casos de ansiedade mais grave, um médico deve ser consultado. Sendo assim, ele pode prescrever medicamentos, como ansiolíticos ou antidepressivos, caso sejam necessários. Esses medicamentos podem ajudar a reduzir os sintomas da ansiedade, mas devem usados somente com recomendação médica.

A terapia também pode ajudar as pessoas a entenderem melhor seus sentimentos, pensamentos e comportamentos relacionados à ansiedade, capacitando-as a enfrentá-la de maneira eficaz e permanente.

Como ajudar uma pessoa com ansiedade

Para ajudar uma pessoa que esteja sofrendo de ansiedade, a primeira coisa é saber o que NÃO FAZER.

Questionar o motivo de alguém que pareça estar ansioso costuma ser inútil. Portanto, saiba o que você deve evitar.

É natural querer ajudar uma pessoa querida a superar situações dolorosas, fazendo de tudo para eliminar o motivo de preocupação. Isso é muito atencioso e gentil, mas a ansiedade geralmente não desaparece se ela não for enfrentada pela própria pessoa.

Isso porque, com o passar do tempo, se as pessoas evitam continuamente enfrentar situações difíceis, a ansiedade aumenta.

Sendo assim, se você continuar a modificar seu comportamento ou o ambiente para acomodar a ansiedade de outra pessoa, isso pode fazer com que a ansiedade persista e cresça.

Evitar situações difíceis não dá à pessoa que sofre de ansiedade a oportunidade de superar os medos e aprender a dominá-la. Ao contrário, torna o seu mundo menor, à medida que o que são capazes de fazer se torna cada vez mais limitado pela sua crescente ansiedade.

Não force o confronto. Por outro lado, também não é bom forçar uma pessoa a fazer algo que a assusta. Tentar pressionar alguém que não está pronto para enfrentar uma situação difícil pode prejudicar em em vez de ajudar.

Aprender como ajudar alguém a superar a apreensão profunda é um trabalho melhor realizado em parceria com um terapeuta profissional. Além disso, dessa forma você divide o fardo. Fazer isso também capacita a pessoa ansiosa, ajudando-a a enfrentar os seus medos, um passo de cada vez, com a orientação de alguém com experiência.

apoiando alguém com ansiedade

Dicas sobre ansiedade que funcionam

Respostas baseadas no amor e na aceitação, e no desejo de ver uma pessoa melhorar, são os pilares para ajudar alguém com ansiedade. Considere as seguintes abordagens:

Fornecer validação. Muitas coisas diferentes podem deixar as pessoas ansiosas. Dizer algo como “Não acredito que você está chateado por alto tão pequeno” menospreza a experiência da pessoa. Em vez disso, pergunte como você pode fornecer apoio em momentos difíceis.

O que deixa uma pessoa com medo pode não parecer importante para outra. Para ajudar uma pessoa ansiosa, a ansiedade dela não precisa fazer sentido para você, mas é importante entender que o que a pessoa está vivenciando é real e requer sensibilidade.

Expressar preocupação. É difícil acompanhar um ataque de ansiedade em uma pessoa querida, mas, não há muito que você possa fazer para encurtar a duração ou diminuir a intensidade de um ataque de pânico.

Sendo assim, quando você começa a perceber que a pessoa está se afastando das atividades que gosta, não é preciso encobrir sua preocupação. Em vez disso, pode ser útil abordar sobre isso com ela de uma forma calorosa e positiva. Diga que você percebeu certas mudanças de comportamento e se ela quer sua ajuda.

Conclusão

Os níveis alarmantes de ansiedade no Brasil representam um desafio significativo para a saúde pública e a qualidade de vida do ponto de vista pessoal.

Portanto, é imperativo que sejam adotadas medidas proativas e abrangentes para enfrentar esses problemas. Entre essas medidas estão a implementação de políticas de saúde mental mais robustas, a educação pública sobre questões de saúde mental e o fortalecimento de iniciativas de apoio comunitário.

Por fim, somente através de uma abordagem holística e colaborativa, o Brasil poderá abordar efetivamente os altos níveis de ansiedade e melhorar o bem-estar emocional de sua população.


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