Superstição: o real e o imaginário!

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Superstição - o real e o imaginário

Superstição, imaginação e realidade. Sexta-feira 13, o que isso significa para você? Medo? Diversão? Terror? Ou apenas mais um dia no ano?

Há uma grande volume de crenças, algumas irracionais, entre as pessoas que vivem em uma comunidade, surgindo às vezes do medo, às vezes do desamparo e às vezes das coincidências.

Essas crenças são chamadas de “superstições”, e elas existem desde o surgimento da humanidade. Nesse artigo, nos propomos a discutir o que é real e o que é imaginário nesse fenômeno.

O que é superstição?

A superstição é um fenômeno complexo e intrigante, que está no imaginário da humanidade ao longo dos séculos. Desde sempre as pessoas se envolvem em uma encruzilhada delicada entre a razão e a crença irracional, buscando assim compreender e controlar o desconhecido.

Sendo assim, grande parte das superstições não se relaciona com nenhuma base científica, razão, contemporaneidade e fé religiosa.

Mas, embora elas não tenham nada a ver com a sabedoria e a razão, não saem do coração e da mente do ser humano.

O surgimento desse tipo de crença vem principalmente pelas palavras de pessoas idosas, algumas incultas, assim como de algumas autoridades religiosas. E essa transmissão através dos tempos tem sido eficaz.

Portanto, mesmo que essas crenças tenham variações, elas também têm alguns aspectos comuns.

Como nasce uma superstição?

A superstição pode ser definida como a atribuição de poderes sobrenaturais a objetos, ações ou acontecimentos. E, como já dito acima, muitas vezes sem qualquer base racional ou científica. Ela se manifesta de várias formas, seja através de crenças em amuletos, presságios, rituais ou práticas que evitam o azar.

Em sua essência, a superstição nasce como uma tentativa de encontrar ordem e significado no desconhecido. Ou seja, quando confrontados com eventos desconcertantes ou situações incertas, buscamos padrões e conexões, mesmo que não existam. Fazemos isso na esperança de exercer algum controle sobre nossas vidas.

Sendo assim, a superstição oferece uma ilusão reconfortante de previsibilidade em um universo imprevisível.

Importância da superstição

Embora uma superstição possa parecer irracional ou ilógica à luz da razão, é preciso reconhecer seu papel na psicologia humana. Isso porque ela preenche uma necessidade emocional profunda de segurança e proteção, proporcionando um senso de tranquilidade em meio às incertezas.

Dessa forma, quando nos deparamos com eventos inexplicáveis ou assustadores, atribuir significado a eles através de superstições nos dá uma sensação de controle sobre o desconhecido.

No entanto, é preciso reconhecer os limites da superstição. Embora ela possa trazer conforto pessoal, em geral não há evidências científicas que sustentem sua eficácia real na explicação dos eventos.

Acreditar em superstições não nos confere poderes sobrenaturais nem nos protege de maneira tangível contra o azar. É preciso distinguir entre a busca de conforto emocional e a realidade.

A superstição na sociedade

A superstição também pode ter implicações sociais e culturais significativas. Em muitas sociedades, certas superstições estão tão enraizadas na tradição que se tornam parte integrante da identidade coletiva.

Em função disso, elas moldam o comportamento individual e coletivo, influenciando decisões, rituais e até mesmo políticas.

No entanto, é importante questionar a relevância e o impacto dessas crenças no mundo moderno, onde o conhecimento científico e a razão têm sido fontes confiáveis de compreensão e progresso.

Em última análise, a superstição é um reflexo da complexidade humana e da busca incessante por significado e segurança. Embora possa oferecer conforto emocional em momentos de incerteza, é fundamental reconhecer que a verdadeira compreensão e controle do mundo requerem uma abordagem fundamentada na razão, na lógica e no método científico.

Por fim, a superstição pode coexistir com o conhecimento, desde que sejamos capazes de distinguir entre o imaginário e o real, encontrando um equilíbrio entre a tradição e a razão.

Superstição nos tempos modernos

Nos tempos modernos, a superstição tornou-se um ponto de foco tanto na cultura popular quanto no estudo da psicologia. A descrição científica mais básica da superstição é um estabelecimento irracional de causa e efeito baseado em algo diferente da lógica.

À medida que a sociedade cresceu e se tornou mais calcada da ciência como meio de entender o mundo, a superstição desenvolveu mais associações negativas.

Sendo assim, se uma pessoa é considerada como supersticiosa, geralmente significa que ela considera eventos casuais ou acidentais mais significativos do que deveriam ser. Ou seja, essa pessoa vincula o resultado dos eventos à sorte ou ao azar.

As pessoas que mantêm superstições muitas vezes evitam certas situações sem razão lógica.

Superstição e a cultura dos povos

As superstições são frequentemente associadas a conceitos como sorte e profecia, mas também podem se referir a aspectos do folclore e da cultura de um povo.

Por exemplo, uma superstição que roda o mundo é a crença de que o número 13 dá azar. Na verdade, o medo da má sorte associada a esse número é tão prevalente que muitos prédios em alguns países ignoram totalmente a existência do 13º andar.

Superstição - elevador sem 13 andar

Diferentes mitos e crenças que moldam várias culturas ao redor do mundo dão origem a diferentes tipos de superstições de um lugar para o outro. No Brasil, por exemplo, é comum considerarmos azar quando um gato preto cruza nosso caminho. No entanto, em outros países gatos são sinal de boa sorte, mesmo os pretos.

Segundo o filósofo Adam Smith, “A ciência é o grande antídoto para o veneno do entusiasmo e da superstição ”. Já o filósofo Francis Bacon, que passou a vida combatendo a superstição, afirmava que “A raiz de todas as superstições é que os homens observam quando uma coisa acerta, mas não quando erra”.

Enfim, irracional, real ou imaginária, a superstição sempre existirá, independente dos avanços científicos.

Superstição pode ser uma reação intestinal?

Nossa percepção das situações e eventos pode ser influenciada por todo tipo de coisas, como história, cultura, religião e folclore.

A maneira como pensamos sobre as coisas muda a maneira como reagimos mental e fisicamente. Por exemplo, se você pensar em algo assustador, ou se você presenciar uma cena assustadora, provavelmente sentirá o mesmo aperto no estômago, uma respiração presa ou talvez seu batimento cardíaco aumente.

Essas respostas físicas a uma visão surgem para ajudar a nos proteger contra o perigo que é percebido, seja ele real ou imaginário.

Ou seja, nossa mente primitiva não sabe a diferença entre imaginação e realidade. Ela produz uma resposta baseada na cena. Portanto, cabe à nossa mente racional decidir se a ameaça percebida é algo sobre o qual precisamos fazer algo.

Enquanto nosso cérebro decide se é real ou imaginário, sua parte primitiva já terá acionado a adrenalina e o cortisol, preparando-nos para fugir ou lutar. Mas essa reação é eficaz se realmente estivermos em perigo, o que nem sempre essa é verdade.

No entanto, podemos usar essa característica da mente primitiva a nosso favor, assegurando-nos de fornecer imagens de como queremos que as coisas sejam, em vez de como não queremos que sejam.

A mente é uma ferramenta muito poderosa que pode nos fazer sentir fortes, confiantes e calmos em situações em que, de outra forma, nos sentiríamos impotentes.

A superstição pode ser vista dessa mesma forma, ou seja, não é porque uma situação não tem explicação momentânea que precisamos inventar uma.

Superstição - pessoa supersticiosa


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